Apresentação

No quadro administrativo e pedagógico das escolas/agrupamentos é imperativo que sejam efectuados processos de acompanhamento e monitorização das suas ações, que lhes permitam traçar planos de melhoria das práticas. Neste âmbito, a legislação orienta para que a equipa de gestão/direção da escola seja autónoma na tomada de decisão relativamente aos procedimentos a adotar rumo à sua eficácia e eficiência. Ao seu dispor, surgem modelos e práticas de autoavaliação, com formas de recolha de dados e práticas que permitem verificar o estado de funcionamento da escola/agrupamento, através de equipas de avaliação interna, que possibilitam de forma contínua a recolha e atualização desses dados imprescindíveis para as tomadas de decisão dos órgãos de gestão escolar. Organizado este processo internamente, cabe ao Conselho Geral "apreciar os resultados do processo de autoavaliação da escola", de modo a validar os resultados e consolidar práticas. Pretende-se com esta ação de formação desenvolver competências para que os elementos das equipas de avaliação interna possam criar e aplicar um modelo de autoavaliação adaptado às características da sua escola/ agrupamento de escolas e os membros do conselho geral possam ter conhecimentos para cumprir com as suas competências, conforme determina o artº 13º do Dec-Lei 75/08, de 22 de Abril.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

Pretende-se com esta ação: - melhorar as competências necessárias dos elementos das equipas de direção, do conselho geral, das chefias intermédias e de autoavaliação das escolas/ agrupamentos. - permitir a reflexão sobre metodologias e práticas de autoavaliação; - adquirir conhecimentos que permitam a construção de um modelo de autoavaliação adaptado ao agrupamento de escolas dos docentes participantes. - promover uma cultura de conceção, implementação, monitorização e avaliação de planos de melhoria.

Conteúdos

Quadro legal e teórico relativo ao tema; Relação entre a Avaliação Externa de Escolas e a Autoavaliação. A equipa de autoavaliação. Tipologias e modelos de autoavaliação. Análise de modelos de autoavaliação de Agrupamentos de Escolas. Análise de relatórios de Autoavaliação de Agrupamentos de Escolas.

Metodologias

Será utilizada uma metodologia teórico-prática em que os formandos serão induzidos a explorar, analisar e refletir sobre o quadro legal, documentos de suporte à prática e relatórios de autoavaliação de escolas.

Avaliação

Os formandos serão avaliados com base nos documentos produzidos em trabalhos de grupo; estes deverão ser os necessários para a concretização do processo de autoavaliação do Agrupamento (construção de um modelo de autoavaliação ou reformulação do já existente para o agrupamento). Será efetuada uma avaliação em regime de continuidade do desempenho dos mesmos, incidindo na participação e trabalho produzido nas sessões presenciais/síncronas. No final da formação, os formandos serão avaliados individualmente, de acordo com a qualidade dos recursos produzidos, expressa nos documentos apresentados e durante a sua apresentação/ discussão em plenário. A avaliação final da formação expressa-se de acordo com a escala quantitativa de 1 a 10 valores, acompanhada uma menção qualitativa (Insuficiente; Regular, Bom, Muito Bom e Excelente), tal como consta no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio. Parâmetros avaliáveis: processo de formação (dinâmica, pertinência) 25%; produto de formação (correção, qualidade, pertinência) 60%; reflexão final sobre a ação 15%.

Modelo

Aplicação de inquéritos por questionários aos formandos e aos formadores.

Bibliografia

Quadro legal. Correia, A. P.; Fialho, I. & Sá, V. (2014). A avaliação das escolas: dos constrangimentos à melhoria da qualidade da educação. In I. Fialho; J. Verdasca; M. Cid & M. Favinha (Orgs.). Políticas educativas, eficácia e melhoria da escola, (pp.147-164). Évora: Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora Fialho, I. (2009a). A qualidade de ensino e a avaliação das escolas em Portugal. Contributos para a sua história recente. Revista Educação: Temas e Problemas, v. 7, n. 4. p. 99-116 Tomás, A., Henriques, S., Abelha, M. (2022). Autoavaliação de escolas – Análise das páginas web das escolas do Algarve. In I. Fialho, A. P. Correia, H. Bruno, H. Rebelo, J. Saragoça, M. Coppi, M. J. Silvestre, S. Nogueira, S. Gomes, C. Barreira, F. Seabra, J. A. Pacheco (Orgs). Sinergias entre Autoavaliação e Avaliação Externa de Escolas – IV Seminário MAEE e II Seminário Internacional Mecanismos de Mudança nas Escolas e na Inspeção – livro de Atas (43-56), Universidade de Évora e FCT. http://hdl.handle.net/10400.2/12504 Alaíz, V., Góis, E., & Gonçalves, C. (2003). Autoavaliação de escolas: Pensar e praticar. Edições ASA.

Anexo(s)

Observações

Exclusiva às equipas de autoavaliação de Escola/Agrupamento dos AE/Ena Associadas ao CFCM

Formador

Ana Rita Correia

Cronograma